Sra. Prof. Isabel Fragoso,
Li no dia 8 de Janeiro no Público um artigo da jornalista Paula Abreu, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, que tem um cabeçalho que pergunta o seguinte:
Depois refere que a exposição ao sol pode ser uma arma contra o cancro.
Tal como este artigo aliás refere somos permanentemente alertados em campanhas para os riscos que representam o sol, de tal maneira que já tenho ouvido recomendações que nos dizem que se pudermos evitar o sol sobretudo no que se refere às crianças, melhor.
Mas, o que mais me espantou, foi ver cientistas da Universidade de Oslo, e dos EUA, afirmarem que a radiação solar protege contra os efeitos letais de cancros internos e de outras doenças neurológicas, cardiovasculares, imunitárias e ósseas. E que, nas populações com deficiências de vitamina D, apanhar sol pode prolongar a vida.
Sabendo que a Prof. tem um Centro que tem como base a importância do sol na nossa vida gostaria de saber que comentário faz sobre a publicação deste artigo.
Caro Rodrigo,
Foi naturalmente com muita satisfação que vi a sua referência a este artigo que ainda não tinha tido oportunidade de ler, e que devido à sua referência pude consultar.
Há um comentário que gosto particularmente de fazer quando vejo as campanhas anti-sol, sem qualquer preocupação pelo que representa viver privado de luz natural:
Todos os apaixonados pelos peixes de aquário sabem que para manter a saúde destes animais têm que utilizar lâmpadas de amplo espectro, que se podem adquirir nas casas da especialidade. Porque será necessário ter tantos cuidados com as fontes luminosas para os peixes , e não o fazemos connosco, limitando-nos a utilizar lâmpadas inadequadas cujo objectivo exclusivo é iluminar a escuridão?
A propósito dum dos benefícios referidos no artigo do Público, faço esta pergunta com uma pequena resposta.
Sabia que a exposição à luz solar é fundamental para prevenir a osteoporose?
A vitamina D3 é necessária para a absorção do cálcio e outros minerais, o desenvolvimento da estrutura óssea e a sua solidez depende da vitamina D.
A ingestão de alimentos ricos em cálcio é praticamente inútil, se houver carência de vitamina D, mesmo que sejam tomados suplementos sintéticos. A causa desta carência está relacionada com a falta de exposição a luz ultravioleta, um problema muito comum no estilo de vida actual, mas particularmente crítico nos idosos.
Um estudo publicado no Lancet, refere que 50% das mulheres têm carência de vitamina D.
Poderia agora referir-lhe artigos relacionados com cada uma das situações que refere no artigo, mas este não é certamente o local para o fazer.
O que me deixa particularmente satisfeita é ver o Prof. Richard Setlow, que desenvolveu um estudo para mostrar que os UVA e a luz visível são as principais causas de melanoma, perguntar agora se não se deveria fabricar protectores solares que não bloqueiem tanto os UVB.
Nós recomendamos sobretudo que se apanhe luz natural, porque as características da luz natural nada têm a ver com a luz artificial a que geralmente estamos expostos. Se isso não for possível pelo estilo de vida que temos (trabalho em ambientes fechados), poderá ser adquirida luz de espectro total a utilizar quer no escritório quer em casa.
Como alternativa,ou complemento no Longaevitas possuimos uma máquina, que é conhecida como máquina da felicidade (Biodream), exactamente porque tem efeitos nos aspectos psíquicos. Esta é no entanto uma designação redutora porque os benefícios neurológicos, imunitários, cardiovasculares, hormonais, não têm certamente menos importância.
Muito obrigado pelo seu comentário ao artigo do público e não hesite em contactar-nos se pretender explorar algum aspecto específico
Isabel Fragoso
Longaevitas Wellness Care Center
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